A Mãe África e seus filhos sem Alma





Durante milênios, coexistiram no planeta duas realidades díspares: os filhos das Inteligências Estelares e os gerados pela energia da Terra.
No astral, o espírito ganhou forma, enquanto o plano físico foi se adaptando às diferentes realidades do planeta, criando a disparidade entre as raças.
Na África, o bicho homem emprestou da mãe Terra o seu poder criador e trilhou caminhos evolutivos diferentes dos outros seres humanos que estavam se desenvolvendo sob os cuidados constantes das Hierarquias Extraterrestres.
Quando nasceram os autênticos terráqueos, tinham feições rudes, num cérebro proeminente, que refletia o esforço absoluto de desenvolver um raciocínio lógico, e nessa época agiam unicamente pelo instinto.
É claro que não foram esquecidos pelo Criador e, sem o empurrão das Hierarquias Superiores, não evoluiriam sozinhos. No entanto, fazia parte do Plano Divino que essa experiência evolutiva também fosse feita.
Muitos antes de a vida inteligente ser semeada no planeta, foram criados os Orixás, que são expansões da energia planetária.
Devemos lembrar que as escrituras sagradas contam que o homem surgiu da lama, e esta é uma grande verdade; seu espírito veio das estrelas, mas seu corpo e sua vitalidade brotaram da matéria, por isso toda a humanidade também é filha desta Hierarquia Planetária.
Daremos continuidade a nossa narrativa, relatando o momento em que nos céus surgiram naves trazendo cientistas que em alguns pontos do planeta estabeleceram suas bases avançadíssimas.
Os filhos da Terra conheceram os irmãos estelares e os trataram como deuses vindo dos céus, pois não viram neles nenhuma semelhança com seus antepassados, que em um passado remoto e esquecido tinham adentrado na matéria por meio dos corpos diáfanos deles.
Esses representantes dos seres humanos eram de fato tão diferentes das civilizações mais evoluídas, que mais se assemelhavam aos primatas.
Não havia por parte das civilizações adiantadas que habitavam o planeta interesse em um intercâmbio. Eles pensavam que entre tão díspares culturas não haveria troca.
Na Austrália, os primitivos foram trazidos por naves e tratados como animais pelos cientistas que pretendiam estudar seus desenvolvimentos . Lá, soltos a seu destino, ficaram isolados do convívio com outros povos.
Também nas regiões áridas e nos polos, foram levados os primitivos para saber até que temperaturas conseguiriam sobreviver.
Sem compaixão por seus irmãos mais evoluídos trataram os outros como cobaias no grande laboratório que era seu próprio planeta.
Descobriu-se que o homem tinha uma enorme capacidade de adaptação, dando continuidade ao seu processo evolutivo, não importando quão difíceis fossem as situações externas.
Os olhos tornaram-se menores ou maiores, assim como o tom da pele escureceu ou clareou, dependendo da sua localização no Globo.
Dessa maneira, o homem conseguiu vencer os próprios limites, causando espanto até ao mais cético dos cientistas espaciais.
A Mãe Terra gerou filhos, a alma foi acoplada a seus corpos, e assim o terráqueo pôde finalmente ser livre no caminho do aprendizado.

Em sua língua me chamo Raio-de-Sol.
Ya Tobá, Oduie. Saúdo seu trabalho.
Sou chefe espiritual de um povo desconhecido, que viveu no interior das savanas africanas. Escolhemos nos guardar das civilizações modernas, pois tínhamos medo de nos mostrar a estranhos.
A história da minha nação é um pouco triste, pois povoados inteiros desapareceram no passado sem deixar vestígios, quando receberam os homens vindos do céu...
Conta-se que um jovem guerreiro acordou no meio da noite e viu uma grande “estrela” descer à Terra. A noite transformou-se em dia, e , em meio à confusão que se formou, homens e mulheres olharam indefesos o objeto pousado rente ao chão.
Os estranhos saíram da “estrela” usavam vestimentas que só deuses poderiam possuir. Tinham a pele brilhante, olhos coloridos e cabelos dourados que caíam pelas costas. Tudo isso levou o meu povo acreditar que eles eram deuses.
Oferecemos o que tínhamos e de melhor; as frutas, a água e a sombra de nossas cabanas. Quando percebemos, os estranhos já controlavam nossas vidas e tinham feito dos guerreiros tímidos escravos.
Era tarde para uma rebelião. Alguns dos destemidos guerreiros esperaram pacificamente uma oportunidade para fugir.
Meu povo se embrenhou noite adentro  à procura de um esconderijo deixando para trás amigos e familiares.
Passado algum tempo, quando voltaram para ver como estavam os seus, com grande espanto constataram que a aldeia estava deserta. Os objetos tinham sido deixados para trás e a comida apodrecia nos cestos.
Por muito tempo esperaram que voltassem. Não sabiam avaliar o que teria acontecido!
Esse contato com os “deuses” foi inúmeras vezes lembrado e com o passar das gerações se transformou em lenda.
Com medo, recolhemo-nos e não desejamos mais a descida dos deuses.
Enquanto todo o planeta se encontrava em guerras e miscigenações raciais, em nossa reclusão nos perdíamos no medo e ignorância.
Quando nos afastamos da civilização e da modernidade, paramos no tempo, e as conquistas que tínhamos feito se perderam em um mar de ignorância e esquecimento.
Meu povo, após milênios de existência, seria então chamado de “primitivo” ! Porém garanto a vocês, primitivos sãos os sentimentos inferiores de orgulho e medo que permitem abusos e desrespeito.
Hoje sei que a ausência de contatos externos impediu nossa evolução, pois trocar informações e conhecimento é o alimento do espírito.
Assim isolados do mundo, só tivemos um contato com as outras comunidades que habitavam o planeta quando o continente Atlante sucumbiu, e seus habitantes abordaram nossas terras.
Nessa fase, muito da nossa cultura se perdeu; éramos como as longínquas estrelas não brilham, pois nossas consciências foram obscurecidas pela ignorância.
A civilização inteligente, que nasceu na primitiva África jamais será encontrada, pois sepultou a si mesma nas terras áridas das savanas
Hoje vivo no astral. Após várias encarnações no continente africano, vi muitas tribos se desenvolverem e modificarem os antigos costumes.
De forma corajosa, procurei enfrentar a ignorância que reinava entre os meus. Queria trazer um pouco de luz àqueles que teimavam se entregas às contingências do destino.
Fui um lutador, fazendo valer entre meu povo o desejo de evoluir, mesmo que para isso fosse necessário discordar dos antepassados.
Alguns bravos guerreiros, sob meu ponto de vista, se comparavam em audácia aos felinos, porém é importante ter consciência de que Deus nos deu a inteligência e que ela dever usada.
O que nos diferencia dos animais é a capacidade de pensar , e nesse caminho de fé encontrei outros adeptos. Formamos um grupo de pessoas que cuidava da manutenção dos costumes antigos, mas que também desejava transformações que nos ajudassem a viver melhor.
Depois de muitas eras de aprendizado entre os humanos, desenvolvo no astral um trabalho tão importante que fiz na Terra.
Sou conhecido no Brasil como Preto Velho, um Mentor, que nas suas palavras simples muito sabe e fala pouco.
Tenho muito orgulho em dizer que agora meu povo é a humanidade.

A mãe África e seus filhos sem Alma contribuíram para a formação da humanidade que hoje habita o planeta.
No entendo, o ser humano continua precisando evoluir, mesclar-se e aprender a respeitar as diferenças.
O respeito é o guardião da liberdade de cada um no espírito: a luz que permite o desabrochar da Consciência Superior.

fonte: Os filhos de Órion - A chegada da Hierarquia da Luz (Maria Silvia P.Orlovas)

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